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Edição nº 16


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PVP – Programa de venda a peso

Estamos implantando um novo processo de comercialização, o Programa de Venda a Peso. Vai ficar no passado a época em que o comércio de pedra britada era realizado pelo arcaico método de medição de produto vendido em metros cúbicos. O Programa de Venda a Peso foi desenvolvido para garantir mais segurança e agilidade aos consumidores e produtores de pedra britada. É bom para quem vende e melhor ainda para quem compra!

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Até hoje, a maioria das mineradoras de pedra britada realiza suas vendas através da medição do volume de seu produto, ou seja, carrega a caçamba do caminhão, faz o nivelamento do material e por fim mede a altura da carga para determinar uma média aproximada do volume.

Esta prática está explicitamente exposta à interferência da subjetividade da operação humana. E muito além da sensibilidade para medir a carga, influencia também a lealdade do empregado em relação à empresa e até mesmo em relação ao cliente, e muitas vezes dependerá de quão boas são estas relações.

Desta forma, este método de medição gera imprecisões, prejudica uma relação transparente entre produtor e consumidor, gera demandas técnicas e comerciais, e podem mostrar diferenças sensiveis nas entregas e recebimentos de pedra britada.

COMO SERÁ COM O PVP

Com o Programa de Venda a Peso a mineradora passa a dispôr de uma balança aferida pelo INMETRO, eliminando totalmente a falta de precisão, tendo controle e praticidade na expedição, com a garantia do tíquete da balança no momento da emissão da Nota Fiscal, que é encaminhada junto com o produto ao cliente.

O processo é simples e eficaz:

» Caminhão previamente pesado carrega o material;
» Estaciona o veículo na balança;
» A balança realiza a exata medição do produto;
» É emitida a Nota Fiscal automaticamente, e junto com ela o tíquete da balança com o peso exato do material.

– COMO PARTICIPAR

Produtores

O Sindipedras fornecerá a completa orientação e assessoria necessária para a implantação do Programa de Venda a Peso nas mineradoras, que envolve as seguintes etapas:

– Implantação e aferição da balança;
– Adequação do Sistema de Faturamento para o novo sistema de medição;
– Realização de testes;
– Implantação efetiva.

A boa notícia é que, para iniciar suas atividades como participante do PVP, a mineradora não precisa ser filiada ao Sindipedras nem necessariamente ter uma balança, este processo pode ser viabilizado através de ensaios de densidade. Portanto, toda e qualquer pedreira pode fazer parte do PVP!!!

Consumidores

O Sindipedras se coloca à disposição para sanar quaisquer dúvidas sobre este programa que está chegando para revolucionar o mercado de pedra britada quanto à segurança de exata medição de carga. Daí é só exigir que o seu fornecedor também seja habilitado pelo Programa de Venda a Peso do Sindipedras, o que lhe dará segurança e tranquilidade para suas compras.

– GARANTIA DE EXATIDÃO PVP SINDIPEDRAS

Mais do que promover a exata medição de cargas na comercialização, o Sindipedras também estará certificando todas as mineradoras participantes do Programa de Venda a Peso, através da Garantia de Exatidão PVP Sindipedras, que vai garantir a credibilidade, competência e modernidade dessas empresas para o consumidor.

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O objetivo do estudo realizado pelo CPTI foi estabelecer índices confiáveis de conversão volume / massa dos diversos tipos de agregados, para isso foi necessário conhecer os fatores que podem influenciar esta relação, como por exemplo: diferenças de características da rocha, formatos dos grãos, processo produtivo, teor de umidade, composição granulométrica e compactação da carga.Chegou-se à conclusão que é perfeitamente viável a conversão e utilização de uma tabela padrão de índices médios de fatores de conversão, pois foi verificado empiricamente que o possível erro existente na pesagem é muito menor que o incorrido na cubicagem.

Ao término deste projeto foi apresentada uma Tabela de Índices de Referência (t/m³):

Índice de referência (t/m³) Dentro de uma faixa de toleância de +/- 5%
Pedras 1, 2 e 3 – Pedra de Meia – Pedrisco Limpo
1,4
Areia de brita – Pó de Pedra – Rachão – Rachão Gabião – Pedras 4, 5
1,5
Pedrisco Misto
1,6
Bica corrida – Brita Graduada(BGS-BGTC)
1,7

INFLUÊNCIA HUMANA NOS PROCESSOS DE MEDIÇÃO DE VOLUME

Todo mundo sabe que qualquer atividade realizada pelo homem varia de pessoa para pessoa em uma mesma atividade e também é influenciada diretamente pelo seu momento, levando-se em consideração seu estado emocional, sua motivação, satisfação, humor, problemas e interesses pessoais e profissionais.

Com o objetivo de fundamentar os estudos e diretrizes do PVP, o Sindipedras identificou diferenças de medições de volume executadas pelo homem com impactos de erros de até 8%.

Para a obtenção deste índice foi realizada a seguinte experiência:

O Sindipedras selecionou uma amostra aleatória composta por 4 mineradoras:

Em cada uma das mineradoras foram sorteados 6 funcionários, que foram colocados em uma sala para receber as orientações para o teste – tirar 3 medidas de profundidades de uma carga pré-carregada;

No pátio da empresa, uma carreta carregada com a carga devidamente nivelada e uma única vara de medição de profundidade;

Um a um, isoladamente, cada funcionário foi levado até a mesma carreta e anotou as 3 medidas encontradas através do mesmo instrumento de medição, e em seguida foi levado a uma segunda sala (diferente da primeira, para que não se comunicasse com quem ainda não tivesse realizado o teste);

Ao término das anotações de cada uma das 6 pessoas, a variação das medidas anotadas foi altíssima, com um índice de erros / desvios de até 8%.

Esta é a média de erro ocorrida no atual método de medição de carga utilizado pelas mineradoras. Você parou para pensar no quanto isso significa?

 

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1) Todas as mineradoras vão usar o mesmo fator de conversão?
Não, cada mineradora irá adotar um fator de conversão, de acordo com a origem da sua rocha e variáveis no processo de produção. Este valor estará determinado dentro da faixa de tolerância de acordo com a Tabela de Referência de Índices Médios, conforme ensaio de densidade que foi realizado.

2) Quando o material estiver molhado / úmido, o preço será maior por uma quantidade menor?
De acordo com o Estudo realizado pelo CPTI, a influência da umidade nos agregados é de até 4%, apenas, na sua densidade aparente. Este valor é com certeza muito menor que o valor ocorrido nos erros de medição de volume (cubicagem).

Além disso, as mineradoras participantes do PVP estarão orientadas pelo Sindipedras a usar quando da conversão dos preços em m3 para ton um fator médio entre material seco e material úmido.

Vale ainda lembrar que o material carregado só estará úmido se for carregado diretamente da produção se estiver exposto a uma situação que proporcione este seu estado úmido (chuva, por exemplo), pois o material em estoque (originalmente estocado seco) mesmo exposto à chuva, cria uma capa impermeável pelo próprio material que conserva seco o material no interior desta capa.

Muitas mineradoras possuem um “lavador de material”, mas a água acumulada durante este processo não influenciará no peso faturado, pois o processo de lavagem só ocorrerá depois da pesagem.

3) Como será feita a conferência de carga, no ponto final da entrega?
Esta avaliação de carga poderá ser feita exatamente como é praticada hoje, através do Fator de Conversão de cada material e o Volume de Referência medido, que serão especificados no corpo da Nota Fiscal e/ou Tíquete da Balança, até que o cliente se sinta totalmente seguro neste novo sistema de vendas. Se ainda assim, o cliente notar algum desvio significativo nas avaliações de volume, ele poderá imediatamente (sem descarregar o material) acionar a mineradora fornecedora e conferir a medição de peso numa Balança, aferida pelo Inmetro, mais próxima. Neste caso, se o valor em massa identificado pela Balança for diferente ao constante no corpo da Nota Fiscal, medidas cabíveis serão tomadas a fim de identificar a origem da diferença apontada.

É este o objetivo do PVP: Garantir ao produtor e ao consumidor a exatidão de carga

4) O que acontecerá com os sistemas de estoque dos consumidores, sendo que normalmente o cliente tem o hábito de comprar de fornecedores diversos, os quais alguns poderão estar operando pelo PVP e outros não?
Neste início de operação do PVP, os consumidores deverão fazer um ajuste no seu sistema de estoque para entrada de dados de peso (ton), e o mesmo sistema deverá estar configurado para entrada de dados de densidade e volume, que automaticamente calculará seu controle de estoque em massa. Ou ao contrário, ajustar as entradas de dados em massa e densidade, que automaticamente calculará o controle do estoque em volume.

5) A diferença de densidade da rocha originária das diversas pedreiras, influenciará no cálculo da densidade dos materiais de cada pedreira?
Cada mineradora realizou ensaios de densidade para calcular seu Fator de Conversão (diferente e único para cada mineradora) que certamente estarão inseridos na faixa de tolerância da Tabela de Referência de Índices Médios de Conversão. Mas, de acordo com o estudo desenvolvido, as diferenças de valores de densidades não ultrapassam a 2%, um valor com certeza muito baixo.

6) O fator compactação influenciará no peso dos materiais de cada mineradora?
Não, o peso independe do fator de compactação. Já nas medições em volume, os valores médios de variação de carga por compactação chegam a apresentar diferenças de até 4%, entre a saída da mineradora e a chegada no cliente.

7) E o preço, como fica?
O cálculo do preço pela mineradora,em ton, será feito de acordo com a sua densidade. Mas, na prática, isso não muda nada.
Vamos ver um exemplo, para você ver como é fácil ?!
Imaginemos 2 mineradoras: A e B, onde ambas possuem o mesmo preço da Pedra 1 de R$18,00 / m3

Empresa Densidade Pedra 1 Preço m³ Preço ton
A 1,47 ton/m³ 18,00/m³ 18 / 1,47 = R$ 12,25 / ton
B 1,43 ton/m³ 18,00/m³ 18 / 1,43 = R$ 12,59 / ton

Aparentemente, o preço (por ton) da Empresa A fica menor que o preço (por ton) da Empresa B. Mas, vamos imaginar agora um cliente, que com um mesmo caminhão, carrega 10 m3 em cada uma das 2 mineradoras citadas:

Cliente Empresa Peso (ton) =
densidade x volume
Preço faturado (R$)
X A 1,47 x 10 = 14,7 ton 12,25 x 14,7 = R$ 180,00
B 1,43 x 10 = 14,3 ton 12,59 x 14,3 = R$ 180,00

Portanto, o preço faturado em cada uma das 2 empresas continua igual !!!

8) O consumidor está acostumado a calcular suas compras em volume. Como será feito o cálculo da quantidade que ele vai precisar de material?
Muito fácil. De acordo com a densidade (Tabela de Referência de Índices Médios de Conversão) do material que está comprando, multiplica-se pelo volume a que estava acostumado.

Isso vai acontecer no início da Implantação do PVP, quando ainda não estamos acostumados a visualizar a quantidade desejada em peso, mas em breve todos estarão tão habituados com este novo sistema de medidas tão seguro que ficará fácil perceber que planejar suas compras em peso é muito mais prático.

Lembrando que outros materiais utilizam o peso como medida padrão e podem ser avaliados em outras unidades, como por exemplo: ferro para construção, madeira e perfis metálicos.

Ainda assim pode faltar ou sobrar material para determinadas aplicações? Sim, claro. Isso já acontece com as compras feitas em volume.

9) Como será feito o cálculo do frete?
Será calculada uma tabela com as novas taxas de frete, calculadas em toneladas por km rodado. Exatamente como sempre foi feito. Só que em outra medida.

10) E as Notas Fiscais como ficam?
Basicamente as Notas Fiscais permanecem exatamente como sempre foram. Só que agora, a quantidade será expressa em tonelada e o preço em R$ / ton.

É bom lembrar, que será inserido um campo na Nota Fiscal ou no Tíquete da Balança, onde continuará constando o Volume de Referência daquela quantidade pesada.

11) E a fiscalização rodoviária, como será?
A fiscalização rodoviária já é feita em peso, através de uma balança. Atualmente a própria fiscalização possui uma tabela de conversão de referência própria para o cálculo contrário o (volume descrito na Nota Fiscal é conferido e de acordo com os fatores de conversão, é verificado o limite de carga).

Com a Nota Fiscal já expressa em peso (ton), São Paulo estará caminhando rumo a uma concorrência mais leal. O que fará com que todos os caminhões trafeguem dentro do limite de carga permitido.

Isso só traz benefícios para a sociedade, pois o transporte será realizado com mais segurança, com gastos menores de manutenção de frotas e rodovias.

12) E a questão fiscal junto à Secretaria da Fazenda?
O Sindipedras consultou a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, que não só aprova a adoção do PVP, como também apoia a iniciativa.

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O QUE ACONTECE NOS PAÍSES DO PRIMEIRO MUNDO?

Há várias décadas o procedimento de medição da massa da carga (peso) é adotada pelas mineradoras de vários países da Europa e Américas. Nestes países, cada vez mais e numa velocidade crescente, a inteferência da mão-de-obra humana está sendo abolida e todo processo operacional e de expedição está sendo automatizado.

Todos os fabricantes mundiais de tecnologia de ponta dos equipamentos de produção de pedra britada e mercados correlatos (fabricantes de britadores, esteiras, caminhões, etc) utilizam a massa (ton) como unidade padrão das capacidades nominais de seus produtos, bem como todo e qualquer estudo de avaliação e desenvolvimento dos processos operacionais (como a utilização de balanças integradoras no controle de produção nas linhas operacionais das mineradoras de todo mundo).

O Brasil é um país que se preocupa em modernizar-se e estabelecer operações mais seguras e eficientes, e em muitos estados e cidades brasileiras a medição de carga já é feita em peso há muito tempo, como em Brasilia e nos Estados da Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

Como é possível que São Paulo, sendo o maior polo de desenvolvimento tecnológico, comercial e operacional do país, que gera o maior percentual da economia nacional ainda opere neste método tão arcaico e impreciso que é a medição do volume?!

AGILIDADE para quem produz, TRANQUILIDADE para quem compra e SEGURANÇA para ambos !!!

IMPLANTAÇÃO DO PVP

Há muito tempo o Sindipedras vem se dedicando a pesquisar e se planejar para introduzir o Estado de São Paulo nas opera-ções mais modernas e confiáveis do seu mercado de atuação. Desta forma, vem buscando a segurança que os métodos modernos de operação, no qual as mineradoras do primeiro mundo operam historicamente, e aproximando-se dos processos que os outros estados brasileiros antecipadamente implantaram com grande sucesso e satisfação.

Em 1993, o Sindipedras consultou a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo sobre os vários aspectos fiscais gerados pelo uso da balança, obtendo não só uma resposta positiva, como também foi apoiado nesta iniciativa.

Nos últimos 2 anos, o projeto PVP se consolidou efetivamente e de lá pra cá várias providências foram tomadas para sua implantação efetiva, como a criação de uma Coordenadoria PVP dentro do Sindipedras, para que pudesse se dedicar integralmente a qualquer aspecto legal, técnico, comercial e mercadológico.

Além disso, a CPTI – Cooperativa de Pesquisas Tecnológicas e Industriais, foi contratada para realizar um estudo de Verificação da Homogeneização e Viabilidade Técnica da adoção de medida de massa no mercado de pedra britada, para implantação do PVP. Este projeto foi realizado sob responsabilidade do geólogo Claudio Sbrighi Neto, o qual já ministrou diversas palestras sobre o estudo realizado, entre elas um Seminário na FIESP com a participação da Svedala, bem como redigiu várias matérias jornalísticas para revistas dirigidas do setor da mineração, com destaque para a revista _Areia e Brita_, editada pela ANEPAC.

Em Maio de 2001 o PVP já estava formatado e preparado para o início de suas operações, que está programado para 01 de janeiro de 2002, e foi com grande sucesso que o Lançamento PVP se realizou durante o evento EQUIPO 2001, nas instalações das Pedreiras Cantareira. E em menos de 4 meses, mais de 25 mineradoras já aderiram ao Programa e muitas outras já estão se preparando para juntas iniciarem suas operações dentro do PVP na data marcada, em todo o Estado

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